segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Detestante.

Não vejo motivos para falar sobre meus egos, meus medos ou distanciamentos fatídicos.
Não vejo a hora de poder voltar ao fim; Me pego em pranto e canto ao fim de nossa redenção.
Querendo muito como nunca tive nada, nada em tempestade magnetizada.
Desejo o berço quente de uma criação; desejo o nojo breve que provém do estômago do rei.
Eu sou plebeu de bar barato. Sou fritante de ruas sujas. Sou meus amigos e deles sou parceiro... de mais um passo qualquer.
Na amargura dos indisciplinados, aventurados na deserção do ingrato ou rebelde. Detestante .
Sou sem medo de sonhar o pranto do colher, no talher em que misturo todo o pouco que mastigo entre berros e doses...
Tenho mais lembranças, mas apaguei agora qualquer chance de continuar essa desfiguração cabulosa de uma indagação.
Sou tanto um teatro quanto sou mulher.

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Metrônomo do centro.

Provoco no sono o asco no peito, enjôo materno; vento de inferno ou inverno astral;
Não que eu acredite no astral... apenas um parapeito separador da queda, da vela e da tumba.
Não que eu acredite no leve, desgaste em mistério dilacerado no cofre do dia.
Já vale mais que um qualquer, mais que um trocado internado no gosto do rio-esgoto que beira a ciclovia do bosque.
Na centralidade o tempo corre como deve, a chuva caiu e como já poderia não deixar de ser, atrasos humanos conflitam com chefes;
O abuso policial; a marcação exata da eletricidade... Metrônomo do centro, Paula Gomes em chamas;
Alistameno de bêbados, na frente do torto; Museus e reis sem fama ou grana. Um mendigo que mora em entulhos cria uma nova religião. Se é ele seu próprio deus, vale mais a minha mente, que a semente deixada no asfalto pelo ladrão, homem de deus de palavra suja e cheia de peçonha.
Seu veneno atinge os pobres. Seu veneno atinge o mundo.
O Mundo é pequeno; eu tremo, eu tremo demais.
Prefiro seguir reto, Marechal Deodoro acima, uma hora ela muda o sentido e é nesse caminho que vou me levar, lavando meus passos, calçada deixada para trás. Meu andar me consome; meu pulmão me repulsa.
Eu sou a recusa... de uma noite qualquer.

Sequela do caos.

Já houve um golpe que sempre torcia o enfoque de nosso solar;
No exato momento em que o dia parou de raiar.
Houveram picassos no gosto lembrado do dia pairado no ato semi secular;
Pois o homem é o mal mais ingrato do ser e o ser repugnate se controversa em dilemas vazios.
Já houve um gosto por rostos em fúria e poemas gentis entre o bem pela raiz, o sangue no nariz...
Oh! Cidade cruel, cognitiva e enigmática.
Hoje é canto para surdez, bem como cantaram talvez um dia 36, 26; eterno mil'anos de profunda magnitude.
A riquesa já pesa mais. Dobra-se no aquém do resultado final...
Apressa-se e reclama mais, diferente de mim; Sequela do caos.

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Ruas em paralelepípedo.

Passados momentos ininterruptos, no turno combustível das ruas em paralelepípedo

Na conseqüência da caminhada insana.

Ergui aos céus meus dedos em repetitivos movimentos de textura inútil,

Navegada aos prantos de fogo do meu sentir estragado.

Lá se vão os prédios em derretimento, perdendo a forma em segundos molestados pelo magma;

E na raiz do foco dos pensamentos que nenhum outro escritor escreveu e nenhum filosofo doentio, como não poderia deixar de ser, filosofou,

Desenvolvi o pecado dos muros, a desidratação das esquinas ou a falha temporal nos banheiros sujos...

Levando ao rosto meu punho sangrento de indiferença amorosa dos urbanos, no mais doloroso golpe populacional inércico.

Fluirá dos ônibus o lucro, e da testa o desgaste.