quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Metrônomo do centro.

Provoco no sono o asco no peito, enjôo materno; vento de inferno ou inverno astral;
Não que eu acredite no astral... apenas um parapeito separador da queda, da vela e da tumba.
Não que eu acredite no leve, desgaste em mistério dilacerado no cofre do dia.
Já vale mais que um qualquer, mais que um trocado internado no gosto do rio-esgoto que beira a ciclovia do bosque.
Na centralidade o tempo corre como deve, a chuva caiu e como já poderia não deixar de ser, atrasos humanos conflitam com chefes;
O abuso policial; a marcação exata da eletricidade... Metrônomo do centro, Paula Gomes em chamas;
Alistameno de bêbados, na frente do torto; Museus e reis sem fama ou grana. Um mendigo que mora em entulhos cria uma nova religião. Se é ele seu próprio deus, vale mais a minha mente, que a semente deixada no asfalto pelo ladrão, homem de deus de palavra suja e cheia de peçonha.
Seu veneno atinge os pobres. Seu veneno atinge o mundo.
O Mundo é pequeno; eu tremo, eu tremo demais.
Prefiro seguir reto, Marechal Deodoro acima, uma hora ela muda o sentido e é nesse caminho que vou me levar, lavando meus passos, calçada deixada para trás. Meu andar me consome; meu pulmão me repulsa.
Eu sou a recusa... de uma noite qualquer.

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